Aparentemente a conta de ter escolhido fazer um suposto “governo de redes sociais”, onde pequenos fragmentos de obras de fachada seriam iniciados para virar grandes propagandas que distraem o povo enquanto o dinheiro some, chegou para o prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB).
A massificação seria para iludir moradores com a falsa esperança de que aquela benfeitoria chegaria na porta de sua casa. Só que o tempo passou, o dinheiro dos asfaltos apelidados de “farinha” desceu água abaixo e a população parece estar, tardiamente, acordando e perdendo a paciência.
Recentemente, moradores do Setor de Chácaras Anhanguera chamaram a imprensa e denunciaram a paralização de uma obra milionária, exaustivamente propagandeada pelo gestor. Pressionado pela reportagem Mossoró prometeu a retomada dos trabalhos no dia seguinte, o que não aconteceu, e deu aquela famosa desculpa esfarrapada, normalmente utilizada por políticos corruptos e/ou incompetentes, culpando seus antecessores:
"Quando eu assumi a prefeitura, ali nós temos aproximadamente 50 mil moradias, sem total infraestrutura de vido a irresponsabilidades dos governos anteriores", disse ele.
Convenientemente, Pábio parece ter esquecido que ele é um prefeito reeleito, que está no terceiro ano de seu segundo mandato e que, portanto, o governo anterior seu mesmo.
Pábio Mossoró está no comando da cidade a quase 7 anos, tendo em mãos orçamentos previsto pelas Leis Orçamentárias Anuais (LOA) recordes, somando mais de R$ 4,50 Bilhões e não construiu uma única escola nova, praticamente nem reformou as antigas, não construiu nenhuma nova unidade de saúde, não organizou o transporte público da cidade, mesmo com os mais de R$ 30 milhões da Covid-19 não construiu um único leito de UTI no município, quem dirá instalou uma mera maternidade no local.
Asfalto? Arriégua… Drenagem então, nem pensar! A cidade vira um caos a cada garoa. E o secretário de obras, debochadinho, oferece uma enxada para os moradores que estiverem insatisfeitos.
O que parece é que a turma de Pábio Mossoró ficou inebriada com o poder, esqueceu que ele é transitório e abusou muito além da conta, ao ponto de, agora, às vésperas de novas eleições municipais, estarem num beco aparentemente sem saída, a não ser a de manter a estratégia do “governo de redes sociais” e ser patético nas desculpas esfarrapadas.
Será que o povo ainda quer fazer papel de besta?
Essa é mais uma mera opinião deste que escreve e disponibiliza para o debate.