O suposto rombo nas contas públicas de Valparaíso de Goiás, teoricamente deixado pelo ex-prefeito Pábio Mossoró, pode ter sido calculado para fazer do seu sucessor, Marcus Vinícius, prefeito de um mandato só.

Fotomontagem do Blog do Carlos

Estimado em mais de R$ 150 milhões, o tal desfalque nos cofres públicos valparaisenses estariam inviabilizando qualquer ação de impacto do novo governo, que se encontraria numa situação que pode virar uma bola de neve no decorrer da gestão, principalmente devido a precariedade em que Pábio teria deixado a cidade.

Salários de servidores atrasados, desabastecimento, dívidas com fornecedores, calote de cerca de um ano, ou mais, no Instituto de Previdência dos servidores municipais (IPASVAL), buracos espalhados por quase todas as ruas, com exceção apenas das que foram recapeadas ainda em 2011, enchentes que tendem a só se agravar, mesmo onde o ex-prefeito enterrou quase R$ 62 milhões em obras que não funcionaram, podem fazer parte de uma trama bem elaborada por Mossoró para derrubar seu próprio aliado sucessor.

O tiro de Pábio pelas costas de um aliado não seria novidade no jogo político local, em seu currículo ele já teria feito o mesmo com quem o transformou de ‘zero a esquerda’ em prefeito, além de outros aliados que seguraram suas “pembas” ou lhe blindaram de problemas.

Para piorar para Vinícius, a política tem uma complexa teia de amarras, que não podem ser vistas a olho nu e exige o cumprimento, inclusive, de acordos feitos antes de tudo ficar claro, o que poderia explicar a nomeação de aliados de Pábio Mossoró no controle da maior fatia do orçamento público municipal. Mas há poréns.

Um desses poréns conhecido no métier é a hora de decidir quem vai levar o cabo de enxada por trás, se a própria pessoa, ou se um credor. Nessas horas o “eu primeiro” é aceitável.

Os entendedores entenderam!

A seguir cenas dos próximos capítulos.