Reconhecido como um “político pouco confiável“, por sua personalidade apegada apenas em “quem pode dar mais“, o prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB), tropeçou na língua outra vez nesta quinta-feira (5) e deu de bandeja aos seus críticos elementos para ser chamado de homem do caráter duvidoso, o que acaba sendo pouco.
Em entrevista ao Jornal Metropolitano, Mossoró, que agora lambe as botas do governador Ronaldo Caiado (DEM), disse que o ex-governador Marconi Perillo, de quem já lambeu as botas quando ‘ele’ era o gestor do estado, não deixou legado sua cidade.
Talvez, no alto de sua megalomania de si próprio, o prefeito imagina que todos os valparaisenses são intelectualmente inferiores, de tal forma que ninguém tem memória ou capacidade de buscar no Google, por exemplo, as tantas inaugurações, lançamentos de obras ou de programas em que ele foi fotografado ao lado de Perillo, quem proporcionou os benefícios à cidade. Fora elogios rasgados ao tucano.
Em três de maio de 2017, por exemplo, Mossoró se desfez em palavras de gratidão à Marconi Perillo, que lançava um programa habitacional com 1.008 moradias populares só para Valparaíso. Unidades essas, que estão sendo entregues até hoje pelo governador Ronaldo Caiado (DEM)
Olha que belo acervo! O Jornal Opção, lá de Goiânia, transcreveu declarações elogiosas de Mossoró à Perillo, onde o prefeito reconhece, no dia do aniversário da cidade, em 2017, os investimentos do governador em Valparaíso e fala de uma gratidão da população, não dele próprio, o que fica compreensível hoje.
No início de 2018 houve outra rasgação de seda de Pábio para Marconi durante a inauguração da 1ª de três Escolas Estaduais Padrão Século XXI, captadas ainda durante a gestão Lêda Borges (PSDB).
Ao Jornal Diário de Goiás, na mesma inauguração, Pábio não poupou elogios ao governador, que hoje ele desdenha. À época, quando o dinheiro estava entrando e ele ‘operando’ os recursos, Marconi era disciplinado, arrojado, um exemplo a ser seguido.
Pouco tempo depois, em março, lá vem o Mossoró se derretendo por Marconi Perillo em uma inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto do Marajó, outra obra captada por Lêda Borges.
Quem não lembra do convênio entre a prefeitura valparaisense e o governo Marconi Períllo para recuperação asfáltica, e que Mossoró acabou usando com “micro-revestimento” em ruas não tão danificadas. Desperdício!
Tem também a obra do Sistema Produtor de Água Potável Corumbá, que Pábio vistoriou ao lado de Marconi, que por sua vez concluiu quase 90% do empreendimento até deixar o comando do estado.
Ainda há outros tantos exemplos que poderiam ser dados para ilustrar o tamanho da mentira contada por Pábio aos jornalistas Santana e Silvestre da Rádio Metropolitano, porém não vamos nos alongar.
Mas por quê fazer um papel tão leviano e baixo, de tentar ocultar o legado do seu ex partido, o PSDB, que é concreto e substancial, e passar a vergonha de ser retratado como num texto como esse aqui?
Primeiro, como líder Mossoró moldou o seu redor a sua imagem, ou seja, ele precisa ‘operar’ muito para manter os aliados, fieis a ‘torneira aberta’. Fecha para ver quantos ficam, não se vê afeição ideológica em seu grupo, a prova disso são as guerras internas que vive abastecendo os críticos.
Segundo, devido ao conceito anterior, Pábio precisa de recursos para manter as alianças, consequentemente tem que se manter próximo de quem os libera, independente de quem.
E fora Din-Din que dizem que circula, Pábio Mossoró também parece ser dono de uma personalidade psicótica, com complexo de superioridade adquirido com a chegada ao poder e forjada em suas possíveis limitações morais, por isso não deve conseguir desenvolver lealdade ideológica, mas apenas proximidades de conveniência.
Essas possíveis características pessoais não são segredos nem para amigos e no metiê político, Mossoró pode até ser considerado um milionário, mas acabou se tornando uma personalidade pouco confiável, que só vale o que tem, enquanto tiver.