Chegando à Presidência da República como um outsider da política, mesmo após 7 mandatos como deputado federal, as revelações dos bastidores de Jair Bolsonaro apontam que não, nunca foi por Deus, pátria, família e/ou liberdade, mas sim por dinheiro e poder.

Ex-presidente Jair Bolsonaro em placa com o slogan “Deus, Pátria e Família” / Fotomontagem do Blog

O episódio das joias presidenciais contrabandeadas para dentro e fora do país, sua venda clandestina e depois o resgate de parte delas para devolver aos cofres públicos, após o flagrante, pode ser a prova disso, pode revelar até uma baixesa, ou no mínimo equiparação da família Bolsonaro com todo o lixo político já visto no Brasil até aqui.

Apesar de que a “rachadinha”, aparentemente típica do clã, já podia ser o elemento revelador.

A preferência por ricos, que normalmente financiam a política, com a negação de taxação de grandes fortunas, heranças, também pode ser um fator de que não é pela família, principalmente para a maioria delas, que vivem, ou apenas sobrevivem, com um salário mínimo.

Se for para falar sobre ser por Deus, aí fica pior, pois a entidade suprema dos cristãos sempre esteve restrito a verborragias de costume, que tem o efeito coletivo muito retórico e pouco pratico.

Falas como o “e daí”, para um questionamento sobre a morte de 100 mil pessoas por uma doença, ou a teoria de que “só idosos” estariam em risco durante a pandemia de Covid-19 por si só já mostra o afastamento do Cristianismo.

Que Cristão é esse que pouco se importa com a possibilidade de morte do próximo, que não tem nenhuma demonstração de amor ou empatia pelo outro, que ignora os riscos só porque ele é maior entre aqueles que não rendem mais? Como se avós, tios e pais idosos fosse desprezíveis.

"Se morrer alguém, vão morrer eles!"

Não, isso não é de Deus, nunca foi. Nenhum Cristão verdadeiro poderia pronuncia algo assim, está escrito..

Sobre o patriotismo, esse conceito ficou estranhamente trágico, se não fosse cômico. Ver os seguidores dessa seita mandando sinal de luz de lanterna para convocar Estra Terrestres, ou vibrando com a atracagem de um suposto navio de guerra russo, que desembarcaria armamento e soldados estrangeiros para intervir no nosso processo democrático.

Questionado sobre reforma e justiça tributária no Flow, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi orgulhoso em comentar as medidas do seu governo a esse respeito, lembrando que ele zerou a cobrança de impostos sobre veleiros e Jetsky, itens luxuosos que, assim, segundo ele, poderiam ser com mais abundância pelos ricos que contratariam pobres para estacioná-los, limpá-los, lustrá-los.

Essa foi a política bolsonarista para os pobres de Bolsonaro, segundo ele próprio: Baratear o preço de Iates e Jetsky para meia dúzia de ricaços, para que eles empreguem duas dúzias de pobre para lustrá-los, num país de 210 milhões de habitantes onde cerca de 80% são pobre e apenas 5% comprariam iates.

Aplausos para a grande política econômica.

Sobre liberdade, os mais antigos diziam: “Não confunda liberdade com libertinagem”. Pois é isso que essa turma defende, o direito libertino de mentir e manipular a consciência popular por meio de inverdades, pois todos os conteúdos pelos quais esse pessoal brigou eram temas não comprovado e na sua maioria absoluta, falsos mesmos. Eles nunca provaram nada do que disseram e que tenha sido tolhido pela justiça. NUNCA!

Seria cômico se não fosse trágico, mas há quem goste!