O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou atrás e revogou a taxação sobre boa parte dos produtos Brasileiros, numa vitória fragorosa do mandatário brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Simpatizantes ou não da ideologia do petista, a verdade é que o presidente brasileiro manteve a horizontalidade e a soberania do país, não atendendo a apelos ‘viralatistas’ como do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que chegou a sugerir que o Brasil “desse alguma vitória à Trump”, e não considerou as chantagens dos Bolsonaros e políticos Bolsonaristas.
Enquanto Flávio e Eduardo Bolsonaro falavam em “contrato unilateral” e que o Brasil não tinha outra opção a não ser atender o “poderio norte-americano”, o governo Lula destacou e confiou no poderio brasileiro, que não tem tantas armas para matar, mas é o maior produtor de alimentos do mundo e um dos maiores players comerciais do planeta.
Deferente do que repetia insistentemente alguns comentaristas de economia da imprensa, como a Thaís Herédia da CNN Brasil, Lula não saiu correndo para pegar o telefone e implorar para que Trump o atendesse por misericórdia. Ao contrário disso, o chefe do poder executivo brasileiro pegou muito o telefone, mas para se comunicar com outros países e abrir novos mercados para os produtos nacionais.
Deu certo, pois as exportações brasileiras seguiram batendo recorde mês a mês, a despeito dos prognósticos dos ‘especialistas’, ao passo que os preços ao consumidor nos EUA subia como tanto alertou o vice-presidente Geraldo Alckimin (PSB).
Frustrado e tentando afastar a derrota de si, Eduardo Bolsonaro (PL), que articulou os ataques norte-americanos e disse que, se seus pleitos não fossem atendidos, o Brasil viraria uma “terra arrasada”, publicou em suas redes sociais que a decisão de Donald Trump não tinha relação com a diplomacia brasileira, desmentindo o texto do próprio republicando.
De acordo com o filho 02 do ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula pouco ou nada fez para resolver o impasse dos EUA com o Brasil e não houve ação diplomática brasileira para isso.
Até certo ponto ele acertou e acabou assumindo a força do Brasil, que não foi tão fraco quanto os bolsonaros disseram que era. Realmente Lula fez muito pouco para buscar a solução do problema com Trump, mas isso não foi falta de diplomacia e sim uma escolha diplomática. O presidente brasileiro deu de ombros para o norte-americano, não caiu no entreguíssimo de personalidades como Tarcísio e Thaís Herédia, e mandou o recado que queria: “Se não quer, tem quem quer”.
A resiliência e a confiança na potencialidade do Brasil venceram o viralatismo interno e os ataques externos.
Um país independente não se faz com entreguismo e a defesa da soberania nacional é o verdadeiro patriotismo. Esses acabaram sendo os recados dados, que alguns podem negar, mas que a maioria entendeu.
