O badalado “mutirão de vacinação” contra a covid-19 realizado no fim de semana recente não foi suficiente para tirar o município de Valparaíso de Goiás da incômoda última posição do Ranking que mede a imunização nas cidades goianas com mais de 100 mil habitantes proporcional ao número de doses distribuídas.
Após a denúncia feita pela imprensa de que, até o dia 16 de junho, a gestão do prefeito Pábio Mossoró (MDB) e da vice Zeli Fritsche (PDT) ainda não tinha aplicado nem a metade das doses de vacinas recebidas pela cidade deste 18 de janeiro, o governo tentou entrar em um movimento com os municípios vizinhos, Novo Gama e Cidade Ocidental, para acelerar a campanha de imunização local, porém a situação geral continua alarmante.
Nem os banners de fundo para fotos de políticos, como se estivessem numa inauguração, nem os letreiros em estruturas que pareciam os de grandes eventos esportivos, tão pouco a montagem de som para que o prefeito Pábio e outros políticos falassem ao microfone, como num comício eleitoral fazendo propaganda do ato, atrasadíssimo conforme as estatísticas, foram suficientes para resolver o mau resultado da cidade diante da pandemia, nem mesmo no imaginário das pessoas que assistiram as apresentações.
A realidade da qual o governo Pábio e Zeli não pôde se desvincular é que das 55.360 doses de vacinas que a cidade foi recebendo desde a primeira remessa até agora, inexplicavelmente 24.410 foram estocadas até as 14h11 desta terça-feira (22), ao mesmo tempo em que 172 pessoas foram morrendo pela doença que os imunizantes poderiam prevenir.
Atualmente a prefeitura de Valparaíso anunciou o início da vacinação de cidadãos sem comorbidades com 48 anos acima, já os com comorbidades estão sendo chamados a partir dos 18 anos.
Questionada ainda na quarta-feira (16) a prefeitura de Valparaíso ainda não se manifestou sobre o assunto