A revolta do grupo mercenário Wagner contra o Kremlin, teve curta duração, mas expôs uma fragilidade do presidente da Rússia, Vladmir Putin, como jamais visto antes.

Presidente russo, Vladmir Putin, e o líder dos mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin / Fotos: Reprodução

Tripudiando só um pouquinho do momento, autoridades ucranianas declararam neste domingo (26) que esta é a “primeira etapa do desmantelamento” do regime de Putin.

O chefe dos mercenários, Yevgeny Prigozhin, que orquestrou a rebelião, é “apenas uma parte do grupo e parte do plano, a ponta do iceberg no processo de desestabilização”, de acordo com Oleksii Danilov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia.

Além de desafiar Putin como jamais visto, Prigozhin expôs fragilidades do exército russo que, feito por “meninos” segundo ele, não lhe ofereceu nenhuma resistência por mais de 800 quilômetros de marcha rumo a Moscou, além da falta de motivo verdadeiro para a invasão da Ucrânia.

Duramente golpeado, como nunca imaginou, Putin passou a ser visto presa possível para rebeldes armados que estavam adormecidos e agora enxergam a possibilidade de fazer uma mudança do poder na Rússia.

Para se salvar dessa, Vladmir Putin teria apenas uma saída, eliminar os Wagner completamente e punir Prigozhin de maneira exemplar, o que não é tão fácil assim, já que os mercenários são 25 mil homens muito bem adaptados à guerrilhas urbanas e protegem seu líder, que também é celebridade na Rússia.

Está cada vez mais nítido que Putin entrou em guerra contra a Ucrânia para vencê-la rapidamente. Não calculou a coragem ucraniana e o tamanho da resposta ocidental.

Esta é mais uma mera opinião deste que escreve e disponibiliza o ponto de vista para o debate.