Diante da crise econômica atual, que empurrou centenas de famílias para a vulnerabilidade social, a gestão do prefeito Pábio Mossoró (MDB) e da vice Zeli Fritsche (PDT) não comprou uma única cesta básica para distribuir à comunidade carente, de acordo com o portal da transparência.

Todas as cestas de alimento que a prefeitura de Valparaíso entregou à população em 2021 foram doadas pelo governo estadual ou por empresas e entidades. Ao contrário do ano eleitoral, quando a dupla licitou quatro vezes mais cestas do que em 2019, dando um suposto caráter eleitoral, não social para a ação.

Print de consulta no Portal da Transparência com a busca “Cesta Básica”, realizada em 10/12/2021

Na mesma linha, já que este ano não tem eleição, a dupla resolveu gastar quase R$ 2 milhões em pisca-piscas de natal, o que daria, por exemplo, para atender 6.300 famílias com um Auxílio Emergencial Municipal de R$ 300,00 cada, igual ao pago pela prefeitura de Novo Gama.

Fotomontagem da redação, meramente ilustrativa

Brilhantes de tanto óleo de peroba, ao mesmo tempo que o governo resolveu gastar os tais R$ 2 milhões em futilidade, a prefeitura busca um empréstimo bancário R$ 70 milhões junto ao Banco do Brasil, em ano eleitoral, sem especificar na lei o porquê e o para que, fazendo um endividamento que tem tudo para engessar a cidade por mais de 6 anos.

Quem faz empréstimo, teoricamente, está endividado, então não gasta com supérfluos. E vamos e venhamos, pisca-piscas podem até ser bonitinhos, mas são sim muito supérfluos diante da situação vivida pela cidade”. Quem discordaria disso?

Mas voltando ao tema principal: Qual seria o interesse nessa locação de quase R$ 2 milhões em enfeites de natal, que traz tamanho desgaste?

Um seria o inocente desejo de enfeitar a cidade, mas um outro…

Diante de tudo o que vem acontecendo na cidade, não precisa ser um gênio para também imaginar que a preferência pela futilidade “pode” estar ligada à facilidade de praticar a corrupção.

Pensa só como seria fácil roubar dinheiro público numa transação de aluguel de pisca-piscas?

Suponhamos: A empresa contratada pode instalar 1.500 metros de pisca-piscas, cobrar 4.500 e dividir o dinheiro dos 3.000 metros excedentes com os corruptos. Não pode?

Quem iria conferir os projetos de execução que ninguém viu no portal da transparência? Quem vai conferir esses metros de pisca-piscas instalados? Quem iria esperar que os governistas da Câmara e ou do Ministério Público iriam fiscalizar esse serviço?

Não é uma aberração ou um pecado pensar o pior neste caso, principalmente diante do que se vive atualmente em Valparaíso:

Com quase “meio bilhão de Reais” de orçamento e dinheiro das emendas parlamentares suficientes para puxar com rodo, o município nunca esteve tão destruído, com ruas esburacadas, algumas intransitáveis, escolas caindo aos pedaços, falta de medicamentos nas unidades de saúde e tudo o mais que pode ser ruim.

Muito dinheiro em caixa e falta de serviços são coisas que normalmente combinam com a corrupção no meio delas, conforme exemplos vistos diariamente nos noticiários.

Com tantos elementos, alguém tem coragem de dizer que esse debate é ilegal? Ofende?

O que ofende é a cara de pau de uns em subestimar a inteligência alheia!

Após a má repercussão do investimento, considerado fútil para o momento, o prefeito Pábio Mossoró teria declarado ao Blog do Amarildo que talvez não gaste todos os quase R$ 2 milhões com pisca-piscas.

Consultada via e-mail sobre as abordagens deste Post, a assessoria de comunicação da prefeitura de Valparaíso de Goiás não se manifestou.